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Setor portuario debate plano para prevenir acidentes com cargas perigosas

Proposta P2R2 visa planejar ações em áreas sujeitas a esse tipo de acidente na região.


Agente do Ibama apresentou proposta do plano metropolitano de P2R2 (Foto: Carlos Nogueira/AT)

Envolver autoridades e empresas para planejar ações de prevenção e segurança nas áreas que estão mais sujeitas a acidentes com produtos perigosos na região, como o Porto de Santos e o Polo Industrial de Cubatão. Essa é a meta proposta pela Comissão Regional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Acidentes Ambientais com Produtos Perigosos (P2R2), agora sob nova coordenação.

Nessa quarta-feira (19), na Cidade, a nova coordenadora regional do órgão, a agente fiscal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Ana Angélica Alabarce, apresentou a proposta do plano metropolitano de P2R2, que tem como foco unir os agentes envolvidos nas áreas de risco potencial da região.

“Santos sempre se destaca pelas grandes ocorrências, como foi o incêndio da Ultracargo, o vazamento da Localfrio, a queda de contêineres no mar, a remoção de cilindros tóxicos. Temos que estar preparados para a prevenção e para agir com cuidado e de forma eficiente em situações assim, para evitar o pior”, afirmou Ana Angélica no encontro com representantes de empresas e autoridades.

Para desenvolver um projeto com a participação de todos os interessados, a ideia da representante do Ibama é formar grupos de trabalho para discutir propostas e também aproveitar o que já é desenvolvido por empresas privadas e órgãos públicos. Devem ser criados grupos para tratar de transporte terrestre, aquático e aéreo, armazenagem, legislação, planejamento e o setor acadêmico. 

“É importante ter a troca de experiência entre todos os envolvidos. O Porto de Santos, por exemplo, está dividido em áreas, o que facilita a atuação de segurança. Por que não utilizar isso em outros locais?”, avaliou a coordenadora regional.

Para mobilizar interessados a participar dos grupos de trabalho, Ana Angélica realiza reuniões setorizadas. No início da semana, ela apresentou o projeto para secretários municipais de Meio Ambiente e, nas próximas semanas, pretende se reunir com representantes do Plano de Ajuda Mútua (PAM) e do Plano Integrado de Emergência (PIE), da Associação Brasileira de Terminais Líquidos.

O PAM é composto pelas empresas da área do Porto Organizado de Santos e coordenado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), para prevenir e atuar em casos de acidentes de grandes proporções nessa região. Já o PIE tem como foco o treinamento de brigadistas das instalações portuárias para atendimento a emergências, através da realização de simulados, como os que ocorrem nas empresas da Ilha Barnabé, e reuniões técnicas. Ambos têm procedimentos de ação definidos para as ocorrências, com o objetivo de se ter uma resposta rápida em caso de sinistro.

A representante do Ibama deve ter encontros com outros órgãos federais, estaduais e municipais, além de entidades ligadas ao Porto. 

A intenção é apresentar os resultados dos grupos de trabalho à coordenação estadual do P2R2, ligada à Casa Militar do Governo de São Paulo.

Origem P2R2

Após um rompimento de barragem na cidade de Cataguases (MG), em março de 2003, onde resíduos com substâncias químicas atingiram rios e a contaminação deixou várias cidades sem acesso à água, o Governo Federal percebeu a deficiência na estrutura de atendimento às emergências e começou um estudo para cobrir esta demanda. O plano nacional foi sancionado em 2004. Na Baixada Santista, o trabalho foi implantado depois do incêndio da Ultracargo, em 2015.

Desde que foi implantado, atuei na parte de prevenção e resposta rápida. Atuando bem, dentro do plano, não tivemos ocorrências ruins”, lembra o tenente João Carlos Carvalho, do 6° Grupamento de Bombeiros, que acompanhou a apresentação ontem.

FONTE A Tribuna