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Setor de servicos tem avanco recorde em junho, aponta IBGE

RIO E SÃO PAULO  -   Passados os efeitos da greve de caminhoneiros, o volume de serviços prestados no país avançou 6,6% em junho, na comparação com maio pela série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O avanço de junho é o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2011.

O resultado ocorre após uma retração de 5% em maio, na comparação com abril – dado revisado de uma queda de 3,8% divulgada anteriormente.

Na comparação com junho do ano passado, o volume de serviços subiu 0,9%. Com isso, o setor acumula perda de 0,9% no primeiro semestre, frente ao mesmo período de 2017. No acumulado de 12 meses, registra queda de 1,2%.

No segundo trimestre, o volume de serviços prestados no Brasil teve queda de 0,3%, em relação ao intervalo de janeiro a março deste ano, feito o ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período de 2017, a queda também foi de 0,3%.

No primeiro trimestre, o volume de serviços havia registrado queda de 0,5% em relação ao quarto trimestre, feito o ajuste sazonal. Na comparação anual, a queda do volume de serviços foi de 1,5%.

Em termos, o IBGE também informou que a receita nominal de serviços – que não desconta a inflação – subiu 6,4% em junho, na comparação com o mês imediatamente anterior, após o ajuste sazonal. Quando comparado ao mesmo mês de 2017, houve alta de 2,9% no indicador. No acumulado de janeiro a junho, as receitas de serviços sobem 1,4%. Em 12 meses, a taxa acumulada por esse indicador é positiva em 2,4%.

Pós-greve

O volume de serviços prestados no Brasil devolveu com folga em junho a queda de maio. O setor superou em 1,2% o nível registrado em abril, antes da paralisação. 

 Essa recuperação, contudo, não foi generalizada. Os serviços prestados às famílias, por exemplo, caíram em junho e ainda ficaram 3,8% abaixo do registrado em abril. Serviços profissionais e administrativos ficaram 0,8% abaixo do nível daquele mês.

Superaram abril os segmentos de serviços de informação e comunicação (2%), transportes e correio (3,4%) e outros serviços (1,2%).

Segmentos

O aumento no volume de serviços prestados no país foi acompanhado por quatro das cinco atividades analisadas pelo IBGE. Apenas serviços prestados às famílias caíram - pelo segundo mês consecutivo. Recuo foi de 2,5% no mês, acumulando perda de 3,8%.

De acordo com o IBGE, o destaque pelo lado positivo foram os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que ao crescerem 15,7% em junho eliminaram a perda de 10,6% verificada em maio. Assim como o dado geral mensal esta foi a expansão mais intensa da série histórica iniciada em janeiro de 2011.

O segmento de transporte terrestre também alcançou a maior taxa da série (23,4%) em junho, impulsionado principalmente pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, que representam 59,7% da área.

Os demais resultados positivos vieram dos ramos de serviços de informação e comunicação (2,5%), de outros serviços (3,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%). O primeiro eliminou integralmente a perda de 0,8% observada nos dois últimos meses; o segundo recuperou parte da perda acumulada de 4,1% em quatro meses de taxas negativas seguidas. O terceiro recobrou parte da retração verificada em maio (-1,2%).

Em relação a junho de 2017, o volume dos serviços cresceu 0,9% em junho de 2018, com resultados positivos em três das cinco atividades de divulgação e em 38,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) exerceram a principal contribuição positiva sobre o índice global, impulsionados, sobretudo, pela liberação do fluxo de veículos nas rodovias brasileiras.

Os demais impactos positivos vieram de serviços de informação e comunicação (1,4%) e de outros serviços (3,4%), impulsionados, em grande parte pelo aumento de receita vindo de tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet, televisão aberta, telecomunicações e desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, no primeiro ramo; e de atividades de administração de fundos por contrato ou comissão e de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias, no último.

As influências negativas mais relevantes vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,5%) e de serviços prestados às famílias (-4,0%). No primeiro caso, houve na receita de soluções de pagamentos eletrônicos, atividades de cobranças e informações cadastrais e atividades de vigilância e segurança privada. Nos serviços às famílias, a queda ocorreu principalmente em restaurantes.

FONTE Valor