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Sem Parar faz acordo com Estapar para depender menos dos pedagios

SÃO PAULO  -  O Sem Parar, líder no mercado brasileiro de meios de pagamento automático em estradas e estacionamentos, assinou esta semana acordo para instalação do sistema de pagamento automático com a Estapar, a maior rede de estacionamentos do país.

Com o acordo, o Sem Parar será utilizado como forma de pagamento nos mil estacionamentos automatizados (com cancelas automáticas) e informatizados (exigem a presença de um operador para registro do tíquete).

Silvia Constanti
Fernando Yunes, presidente do Sem Parar, diz que a empresa
vai expandir a solução de pagamento para outros segmentos
de serviços e comércio em que o veículo está presente.

Segundo Fernando Yunes, presidente do Sem Parar — empresa do grupo americano FleetCor que faz no Brasil cerca de 20% dos US$ 2,3 bilhões que fatura por ano no mundo —, a integração dos sistemas Sem Parar e Estapar já começou e deve estar concluída até o fim de ano nos grandes centros.

“O mercado brasileiro de estacionamento movimenta aproximadamente R$ 6 bilhões por ano. A parceria com o líder é parte do plano de ampliar nossa rede de serviços nas cidades e tornar o Sem Parar um meio de pagamento presente diariamente na vida dos consumidores e não apenas nas rodovias”, disse Yunes.

Segundo o executivo, cerca de 80% do faturamento do Sem Parar atualmente ainda está relacionado ao uso serviço nos pedágios de rodovias.

Como 100% das estradas concessionadas no Brasil já aceitam o Sem Parar como forma de pagamento, o mercado potencial da empresa nas rodovias depende dos novos programas de concessão ou do crescimento da economia que alimente um aumento de tráfego rodoviário. Por isso, o plano de diversificar os negócios.

No segmento de estacionamentos, o Sem Parar é aceito atualmente em 620 estacionamentos. “Começamos o ano com 450 estacionamentos. Com a Estapar, vamos somar 1,6 mil, chegando a universidades, shopping centers, hospitais e arenas esportivas”, disse Yunes.

Outro vetor de expansão do Sem Parar é o de postos de gasolina. O sistema é hoje aceito em 450 postos de combustível da Rede Shell nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná e fechou, em julho, acordo com a Petrobras para expandir esse segmento e chegar a 620 postos até dezembro.

O presidente do Sem Parar disse que a empresa vai expandir a solução de pagamento para outros segmentos de serviços e comércio em que o veículo está presente, como redes de varejo que oferecem o sistema ‘drive thru’, vagas públicas de Zona Azul e locadoras de veículos.

Com essa diversificação, o crescimento das vendas deve ser acelerado em relação à média de 12% ao ano, apurada entre 2014 e 2017, disse Yunes. “Vamos crescer mais este ano e em 2019”, disse o executivo sem detalhar valores de receita.

O executivo disse que o movimento nas estradas ainda não se recuperou totalmente após o baque sofrido pelo tráfego durante a greve dos caminhoneiros, entre o fim de maio e começo de junho. “O movimento hoje ainda está cerca de 3% abaixo [da média mensal antes das greve]. Mas isso já é uma evolução, levando em conta que [o tráfego] chegou a cair 27% na semana da greve e 8% em julho”, disse Yunes.

A expectativa do presidente do Sem Parar é que o tráfego recupere as médias apuradas antes da greve dos caminhoneiros depois das eleições. “O que ouço dos empresários [de transportes de cargas] é que vão esperar as eleições para retomar os investimentos”, disse.

FONTE Valor Economico