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Scania deixara toda linha de caminhoes livre de combustiveis fosseis

SÃO BERNARDO DO CAMPO  -  De olho no caminhão do futuro, a Scania vai deixar toda a sua linha de produtos preparada para não depender mais de combustíveis fósseis. Cada modelo vendido em qualquer parte do mundo poderá funcionar com tipos de energias renováveis, com biodiesel, bioetanol, gás biometano (produzido a partir de dejetos) ou eletricidade e estará também preparado para, no futuro, receber a tecnologia necessária para funcionar de forma autônoma, sem a intervenção do motorista. A renovação da linha acaba de ser concluída na Europa e agora é a vez do Brasil.

O projeto, que na Europa consumiu 2 bilhões de euros, foi definido pela companhia a partir de acordo de Paris sobre as alterações climáticas. O Brasil foi escolhido como o próximo passo dessa renovação por ter a maior fábrica fora da Europa e única fora da matriz, que produz os veículos em todas as suas fases. A subsidiária brasileira também precisa ajustar-se imediatamente à mudança porque 70% da sua produção é exportada.

Com investimento de R$ 2,6 bilhões, a ser aplicado até 2020, a montadora sueca faz hoje na fábrica, em São Bernardo do Campo (SP), o pré-lançamento da linha, que estará no mercado a partir de fevereiro.

O projeto brasileiro está sob o comando de Christopher Podgorski, o primeiro brasileiro a assumir a presidência da Scania do Brasil, há um ano. O executivo passou cinco anos na Suécia envolvido no programa de renovação. Segundo ele, o avanço tecnológico e o tipo de energia que moverá os veículos da linha a partir de agora serão definidos a partir das escolhas de cada país. “As tendências de conectividade e sustentabilidade são globais; mas cada mercado vai buscar a solução mais adequada à sua realidade”, afirma.

Para o Brasil, Podgorski estima grande potencial para o biodiesel e bioetanol. Mas começa a crescer também o interesse pelo gás, tanto natural como biometano, produzido a partir da decomposição de matéria orgânica. De acordo com o diretor de vendas, Silvio Munhoz, os clientes, no Brasil, já percebem que os combustíveis renováveis começam a apresentar um custo operacional mais vantajoso quando comparado com o diesel convencional.

Além da motorização, a Scania agregou aos seus caminhões outras alterações voltadas à redução do custo de operação como materiais mais leves, sobretudo nas cabines, que ganharam mais ergonomia.

Em seu mais recente relatório de sustentabilidade, a direção mundial da Scania anunciou o compromisso de reduzir pela metade suas pegadas de carbono até 2025 em todo o planeta.

FONTE: Valor