Petróleo renova máximas de três anos com preocupações com Irã
SÃO PAULO - Os preços do petróleo alcançaram novas máximas em três anos nesta terça-feira, impulsionados pelas incertezas em relação às sanções americanas contra o Irã e por sinais de que os maiores produtores globais da commodity ainda estão comprometidos em reduzir a oferta.
Perto de 10h15, o petróleo do tipo WTI para junho operava em alta de 0,78%, a US$ 71,51 na New York Mercantile Exchange. Em Londres, o Brent para julho subia 0,68%, a US$ 78,76, mas esse contrato já bateu US$ 79.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a sua projeção para a produção global de petróleo em seu relatório mais recente. Embora o grupo tenha reportado que a produção subiu em abril, os investidores interpretaram o pequeno aumento como um sinal de que o cartel continua comprometido em reequilibrar o mercado, sobretudo a Arábia Saudita.
"Os sauditas estão sinalizando que estariam confortáveis com um cenário em que eles temporariamente apertam excessivamente o mercado", disse Paul Horsnell, chefe de pesquisa da Standard Chartered. "Combinado com a falta de sinais de aumento da oferta, a demanda permanecendo forte, assim como as incertezas geopolíticas no Irã, temos as condições para que essa alta leve os preços em direção aos US$ 80", disse.
Analistas projetam que as exportações de petróleo do Irã podem ser reduzidass em cerca de 500 mil barris diários conforme a Coreia do Sul e o Japão diminuem suas importações, disse o J.P. Morgan.