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Para a area de transportes, personalizacao

Soluções personalizadas para cada tipo de cliente são estratégias pragmáticas utilizadas pelas grandes empresas de logística para tornar mais ágil e eficiente a entrega de mercadorias em várias regiões do país. É o caso, por exemplo, da JSL, uma das maiores empresas brasileiras do setor de logística, com faturamento anual em torno de R$ 7 bilhões, que atende clientes de pelo menos 16 diferentes áreas de negócios. “Em função dessa diversificação, não temos uma solução de software ou ferramenta única para fazer a gestão da área de transporte”, diz Adriano Thiele, chief operating officer (COO), da JSL Logística. 

A ideia, segundo ele, é avaliar e adotar ferramentas que melhor se adequam a cada uma das necessidades. Caminhões rastreados, com tecnologia de telemetria embarcada — que monitora em tempo real tanto os parâmetros operacionais do veículo, quanto o modo de condução do motorista — já são uma realidade na maioria das operações de logística da companhia. 

“Essas tecnologias conseguem identificar eventuais sinais de desatenção, como o uso do celular na direção, por exemplo, e principalmente eventuais sinais de cansaço e sonolência dos motoristas e enviar alertas em tempo real para o condutor do veículo e ao mesmo tempo para as centrais de controle da empresa”, explica Thiele. 

Para operações que exigem um monitoramento mais detalhado da mercadoria durante todo o percurso de entrega, como é o caso de sorvetes, a JSL utiliza tecnologia que acompanha e controla em tempo real a temperatura interna do baú de produtos, e emite alerta para a central de comando para realizar eventuais alterações dos indicadores de temperatura previamente determinados. 

“Nosso foco em tecnologia sempre busca aumentar a segurança nas operações, a eficiência operacional e a redução dos custos, para aumentar a competitividade”, diz o executivo. Ainda este ano, diz ele, a JSL conclui a implementação do novo software Transportation Management System (TMS), que vem sendo desenvolvido há três anos para a gestão das operações logísticas. 

Nos últimos dois anos, a norte-americana Penske, outra grande operadora do setor de logística, também vem renovando sua plataforma de gestão de transportes. Não sem razão. Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), diversos obstáculos, entre os quais a má condição das estradas, o difícil acesso a alguns municípios, o roubo de cargas e a restrição de circulação em centros urbanos, têm comprometido seriamente a produtividade e o crescimento do negócio de entrega de mercadorias no Brasil. 

Para enfrentar essas dificuldades, Penske investiu em um novo TMS integrado a uma plataforma fiscal e também a ferramentas de visibilidade para o monitoramento de suas operações, informa Fabricio Orrigo, diretor de vendas da subsidiária brasileira no Brasil. 

Os sistemas atuam desde a entrega do pedido de transporte das mercadorias, buscando a melhor rota e tipo de veículo a ser utilizado, passam pelo processo de emissão dos documentos fiscais e fazem o acompanhamento da entrega em tempo real e sua comprovação física. “A utilização de recursos sistêmicos aumentou a eficiência dos processos, reduzindo tempos e aumentando o controle e qualidade das informações”, diz ele. 

Um problema ainda a ser superado, de acordo com Orrigo, é o das limitações de horários para rodagem de veículos maiores, em grandes centros urbanos. “As restrições são válidas, porém trazem outras consequências como a baixa otimização do frete ou a necessidade de se trabalhar em horários alternativos aos tradicionais, o que no final gera incremento de custos ao processo”, afirma. 

Para Paulo Nazario, diretor de desenvolvimento de negócios da Llamasoft, fornecedora de software e serviços para modelar e otimizar redes de cadeia de suprimentos, sediada em Ann Arbor, Michigan (EUA), muitas empresas brasileiras que decidiram adotar sistemas de gerenciamento integrado da área de transportes conseguem aumento de produtividade dos veículos com redução de até 15% de quilômetros rodados. 

A redução de custos com a adequação da frota se situa entre 5% e 20%. “Muitas empresas obtêm capacidade de desenhar planos orçamentários otimizados e planos de contingências para se adaptarem às mudanças inesperadas e incertezas do mercado”, avalia Nazario.

FONTE Valor