Osmar Terra esta do nosso lado, diz lideranca de caminhoneiros
SÃO PAULO - “O Terra está do nosso lado e nos ligou pedindo voto de confiança. Ele pediu para gente aguardar essas negociações”, disse ao Valor o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild, sobre o deputado Osmar Terra (MDB-RS), futuro ministro da Cidadania e principal mediador entre a categoria e a equipe de transição do governo.
Os caminhoneiros, de acordo com Wild, estão na expectativa de reunião que estaria marcada entre o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) — que suspendeu por liminar a aplicação de multas contra empresas que não cumprirem a tabela do frete, na quinta-feira passada —, e a advogada-geral da União, Grace Mendonça.
“Já estava tudo certo para a ministra Grace entrar com ação contra a liminar do ministro Fux, está tudo favorável para nós”, afirmou o sindicalista.
Na sexta-feira (7), o líder sindical chegou a afirmar à reportagem que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, precisaria se pronunciar logo sobre os interesses dos caminhoneiros. “Ele terá que fazer isso pra evitar de segurar uma bomba”, disse ao Valor. “O Terra é nosso interlocutor agora, está tudo favorável para nós”, afirmou Wild.
Paralisação
Segundo ele, aproximadamente três mil caminhoneiros pararam na manhã de hoje, no Sul Fluminense, no entorno de Volta Redonda e Barra Mansa. Os bloqueios foram encerrados nesta tarde, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Wild nega que as estradas foram obstruídas. “Ninguém bloqueou as estradas. Houve uma pequena confusão no início, por conta das paradas, mas eles buscaram postos de combustíveis para se abrigar”, contou a liderança.
Pela manhã, houve manifestação também no viaduto da Alemoa, um dos principais acessos ao Porto de Santos, conforme antecipou ao Valor, no sábado (8), José Cícero Rodrigues, diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam).
A decisão do ministro do STF na quinta-feira (6) provocou movimentação entre caminhoneiros por meio de troca de informações pelo aplicativo WhatsApp, com representantes da categoria em todo o país avaliando a possibilidade de nova greve.
FONTE Valor Economico