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Montadoras podem pagar ate 30% mais pelo aco em 2019, diz CSN

SÃO PAULO  -  O efeito da disparada do dólar nos custos, e a relativa manutenção dos preços do aço no mercado internacional, provavelmente resultarão em um grande aumento de preços do aço para as fabricantes de veículos.

De acordo com Luis Fernando Martinez, diretor comercial da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), o reajuste terá de ficar entre 25% e 30% para as montadoras em 2019.

A negociação entre siderúrgicas e montadoras geralmente se dá entre o terceiro e quarto trimestres e é a mais dura do setor. Como o volume de planos consumido pelas fabricantes é muito grande, elas têm grande poder de barganha. Para a distribuição e a indústria ao longo deste ano, contudo, foi realizada uma série de aumentos que deverá, ao menos em parte, ser repassada à indústria automotiva.

A valorização do dólar ante o real, chegando a R$ 4, já encarece suficientemente a compra de matérias-primas pelas siderúrgicas. Ao mesmo tempo, contudo, o carvão metalúrgico chegou a US$ 250 por tonelada e, o coque, a US$ 360, conta Martinez. Até por isso, a companhia sairá com um aumento de 10,25% para todos seus produtos em 3 de setembro, atingindo parte da indústria e toda a rede de distribuição.

Esse encarecimento em setembro valerá para laminados a quente — onde, segundo o executivo da CSN, a concorrência está mais ferrenha — e a frio, além de galvanizados, folhas metálicas e até aços longos. No segmento de planos, destinados às montadoras, por exemplo, já havia um desconto de 6% sobre o importado antes dos aumentos. Para longos, desde o começo do ano o produto nacional é mais barato que o estrangeiro.

“Somos muito focados na distribuição de longos, então conseguimos passar esses reajustes, mesmo com as construtoras sendo relutantes”, conta Martinez. “E os índices da construção têm demonstrado tendência positiva ou fim da queda, principalmente no Sudeste, onde atuamos fortemente.”

Por conta desse respiro no setor, a CSN também reajustará o preço do cimento, em R$ 1,60 a R$ 1,80 por saco. O executivo considera fundamental repassar o máximo possível dos custos ao cimento, mas especialmente do frete.

Segundo ele, o tabelamento afeta tanto o transporte do material que a companhia considera contratar uma frota própria de caminhões, com ajuda de um operador, e busca outras alternativas. A decisão final deve ser tomada na segunda-feira, quando haverá uma definição do governo sobre o assunto.

FONTE Valor Economico