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Governo de SP estuda incluir ao menos R$ 15 bi em obras em concessões de rodovias existentes

Entre as concessões que podem ganhar aditivos, estão Ecovias, Ecopistas, Cart, Tamoios e SPMar

O governo de São Paulo analisa a possibilidade de incluir ao menos R$ 15 bilhões de novas obras em concessões rodoviárias existentes, segundo Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos do governo paulista.

Entre as concessões que podem ganhar aditivos, estão a Ecovias (Sistema Anchieta-Imigrantes) e a Ecopistas (corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto), ambas da Ecorodovias; a Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), do Pátria; a Tamoios, da Queiroz Galvão; a SPMar (Rodoanel Sul e Leste), do grupo Bertin, e a Via Colinas e Rodovias do Tietê, da Via Appia (do Starboard).

“Temos algumas negociações andando, mas é cedo para prometer, estamos estudando projetos executivos, fazendo pacote de obras, visando aumentar a malha rodoviária”, disse ele ao Valor.

Segundo o secretário, cada concessão tem uma peculiaridade, e a forma de reequilíbrio dos contratos para a inclusão dos investimentos será analisada individualmente. “Cada caso é um caso, mas todos os reequilíbrios estão na mesa. Pode ser um aumento pequeno de tarifa, extensão de prazo da concessão, aporte do Estado, a receita que as obras vão trazer.

Um dos aditivos em debate é a construção de uma terceira pista na Rodovia dos Imigrantes, pela Ecovias. As conversas envolvem obras em torno de R$ 6 bilhões. Outra concessionária da Ecorodovias que faz parte das conversas é a Ecopistas, na qual se discute um prolongamento da Rodovia Carvalho Pinto, em um investimento estimado em R$ 2 bilhões pelo secretário.

Na concessão da Tamoios, uma possibilidade é fazer a duplicação da SP-55 (Rodovia Manuel Hipólito Rego) entre Caraguatatuba e Ubatuba, com investimento previsto de ao menos R$ 1,5 bilhão. Com a Cart, o Estado analisa um prolongamento da concessão até Echaporã ou Marília, com a inclusão de obras entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões.

Na SPMar, concessão que está hoje em recuperação judicial, mas que poderá ser vendida futuramente, há discussões para a inclusão de R$ 2 bilhões de investimentos para novos acessos ao Rodoanel, como o Complexo Viário do Alto Tietê e o contorno de Itapecerica da Serra.

No caso das duas concessões recentemente compradas pela Via Appia, a Colinas e a Rodovias do Tietê, também há conversas para inclusão de investimentos, que correm juntamente com negociações para resolver reequilíbrios pendentes com as concessionárias. Ao todo, as novas obras podem somar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, em valores preliminares, segundo Brendon Ramos, presidente da empresa.