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Febraban diz que compulsório menor pode reduzir juros

BRASÍLIA  -  Na avaliação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a redução do depósito compulsório anunciada na quarta-feira pelo Banco Central mostra mais uma vez a atuação firme da autoridade monetária em favor da melhoria do ambiente de liquidez para a concessão de crédito no país.

Ontem, o BC anunciou a redução de alíquotas dos depósitos à vista e de poupança, que vai resultar na liberação de R$ 25,7 bilhões entre o fim de abril e o começo de maio. O montante representa cerca de 5% do total de depósitos compulsórios, que somavam R$ 395 bilhões no fim de fevereiro.

“Esta é mais uma medida na direção correta para a redução dos custos financeiros e operacionais que pesam sobre a concessão de crédito, e poderá, em médio e longo prazo, contribuir para quedas adicionais das taxas de juros ativas e dos spreads bancários”, diz a Febraban em nota.

A entidade ressalta que os compulsórios elevados, somados a fatores como créditos direcionados sobre os depósitos, os tributos, os custos associados à inadimplência e às dificuldades na recuperação de garantias, tornam mais cara a intermediação financeira no Brasil.

Respaldando essa posição, a nota da instituição cita estudo realizado pelo consultoria Accenture que mostrou que as alíquotas nominais de depósitos compulsórios no Brasil são as mais altas entre outros 12 países analisados. Ainda de acordo com o estudo, em 2016, essas alíquotas levaram ao recolhimento no BC de 6,4% dos ativos totais dos bancos, percentual superior ao 1,9% registrado na mediana dos países desenvolvidos e em desenvolvimento analisados.

Em entrevista nesta quinta-feira, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o BC encara os compulsórios exclusivamente como uma forma de afetar o custo do crédito.

Segundo Ilan, o sistema tem vários custos, como operacional, de inadimplência, impostos, regulatórios e o próprio compulsório. E que o BC está tentando atacar todos eles, além de trabalhar para estimular a competição no sistema financeiro.

Segundo o presidente do BC, o spread já está caindo “mas estamos fazendo esforço para que desta vez caia de forma mais rápida”. Ilan também afirmou que novas mudanças nos compulsórios podem acontecer.

Fonte: VALOR