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Corredor Bioceânico: rota entre Brasil e Chile promete impulsionar exportações

Fonte: Folha CG (28/04/2025)

Jay Wennington/Unsplash

Investimento de US$ 10 bilhões visa fortalecer integração e reduzir custos logísticos

Uma nova estrada promete alterar o trajeto que conecta o Brasil ao norte do Chile por meio de uma rodovia de mais de 2.400 quilômetros até 2026.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), e o presidente do Chile, Gabriel Boric (Frente Ampla), apresentaram na última quarta-feira (23/4) mais detalhes sobre a Rota Bioceânica de Capricórnio, que promete realizar essa conexão.

Segundo Tebet, a rota, que atravessará o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile, pode dobrar as exportações e importações entre os países envolvidos. Além de baratear a carne exportada para o mercado chileno em 24%, também pode diminuir o valor dos pescados que chegam ao País.

Novo corredor

A Rota Bioceânica de Capricórnio é uma das cinco previstas no projeto Rotas de Integração Sul-Americana. O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê 190 obras para os corredores de integração, entre as quais 40 hidrovias; 35 aeroportos; 21 portos; 65 rodovias; 15 infovias; 9 ferrovias e 5 linhas de energia.

Investimentos

De acordo com informações do governo federal, serão destinados US$ 10 bilhões para o projeto de integração.

Os investimentos incluem US$ 3 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uso exclusivo em obras no Brasil e US$ 7 bilhões disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) financiarão os projetos em todos os países envolvidos.

As obras já estão em andamento. A Rota 2 (Amazônica) será a primeira a ser inaugurada, com previsão de ser entregue durante a COP30, em novembro deste ano. As demais devem estar estruturadas até 2028.

Redução no transporte de cargas

A expectativa é que o corredor reduza em até 10 dias em relação ao trajeto atual de transporte de cargas entre regiões do interior do Brasil e países como China, Coreia do Sul e Japão.

A iniciativa promete fortalecer o comércio sul-americano com o mercado do Pacífico asiático, com a integração dos terminais portuários do sul do Brasil aos portos chilenos de Antofagasta, Iquique e Mejillones.

Com informações da Gazeta de São Paulo