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CNT não apoia movimento; lideranças de caminhoneiros pedem manutenção

SÃO PAULO  -  Em vídeos que circulam em grupos de WhatsApp de caminhoneiros desde a noite dessa quinta-feira, lideranças do setor pedem que os colegas mantenham os bloqueios nas estradas. Os vídeos começaram a ser divulgados após o governo anunciar que havia chegado a um acordo com as lideranças do setor que estavam em Brasília.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, aparece em um desses vídeos junto com outros três sindicalistas pedindo que os motoristas continuem parados. Ele esteve ontem na reunião com o governo federal, mas deixou o encontro no meio alegando que não acreditava no “voto de confiança” pedido pelas autoridades, que solicitavam um prazo de 90 dias para estudar o impacto do corte da Cide e do PIS/Cofins sobre o diesel.

“Se acharem que devem continuar o movimento, nós vamos continuar. É isso que precisa ser feito”, diz Lopes em relação aos caminhoneiros. Ele acusa o governo de não cumprir “metade” de suas promessas. “E a outra metade fica engavetada. Vamos manter essa luta de pé”, afirma.

Em outro vídeo, gravado no porto de Santos, um diretor sindical que se identifica como Souza, também acompanhado, diz que “esse acordo para nós não importa nada”. “Esperamos que a categoria de todo o Brasil e de todos os Estados continue parada até alcançarmos o nosso objetivo. Aqui ninguém assinou nada. Os caminhoneiros de Santos não foram consultados, então continuamos parados como estamos há quatro dias”, afirma.

Um terceiro vídeo mostra Wallace Landim, representante dos caminhoneiros autônomos do Centro-Oeste, e um grupo de aproximadamente dez trabalhadores no meio da estrada afirmando que também não aceitam o “voto de confiança” pedido pelo governo federal. “Enquanto o governo não pegar nós (sic) da categoria que estamos aqui no meio da estrada, nós não vamos liberar a estrada”, diz Landim.

Patronal

Por meio de nota, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) informou que “não participa, não incentiva e não apoia paralisações de caminhoneiros”. A representação patronal diz também não ter conhecimento da participação de empresas no movimento grevista e, “se houver, o empresário responsável deverá ser punido”.

A presença de representante da CNT nas reuniões com o governo federal, nos últimos dois dias, segundo a confederação, ocorreu a convite do Palácio do Planalto e como integrante do grupo de interlocução com as entidades representativas dos motoristas autônomos de caminhão, em busca de uma solução que levasse ao fim das paralisações.

FONTE: Valor