Centrais se dividem sobre alternativas para reforma sindical
Representativa mínima e financiamento sindical são alguns dos temas que não há consenso entre as entidades.
Por Thais Carrança — De São Paulo
Unânimes na posição contrária a um modelo de reforma sindical que possibilitaria até um sindicato por empresa, as centrais sindicais estão divididas sobre qual alternativa defenderão. Força e UGT defendem uma representatividade mínima dos sindicatos por categoria, em eventual fim da unicidade sindical. Já CTB, NCST, CGTB e CSB querem a continuidade do modelo atual, em que é permitido apenas um sindicato por categoria em cada cidade ou região.
A proposta de um novo órgão bipartite para regular a estrutura sindical também tem relativo acordo entre as organizações. Já nas alternativas ao financiamento sindical também há divergências.
As centrais sindicais iniciaram discussão com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para chegar a uma proposta de reforma sindical negociada entre entidades patronais, de trabalhadores e o Congresso. A intenção é se antecipar à reforma em elaboração por grupo de trabalho formado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (PSDB).
A Força Sindical defende que possa haver mais de um sindicato por categoria por região, mas mediante um volume mínimo de representação da categoria, a ser definido. “Deve haver um prazo de transição entre o modelo atual e o modelo futuro”, diz Miguel Torres, presidente da Força, acrescentando que essa representação não seria feita por número de filiados, mas por número de trabalhadores que aceitarem a representação pelo sindicato nas campanhas salariais.
FONTE GLOBO VALOR