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CCR vence disputa por rodovia gaucha

SÃO PAULO  -  A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, venceu a disputa pela Rodovia de Integração do Sul (RIS), em leilão realizado nesta quinta-feira (1º). A empresa ofereceu tarifa de pedágio de 4,30545, deságio de 40,53% sobre a tarifa de R$ 7,24. 

Além da CCR, também participaram da disputa Ecorodovias, que propôs tarifa de 4,55941 (deságio de 37,02%); o fundo de investimento Pátria, com R$ 4,43570 (38,73%); a construtora espanhola Sacyr, com R$ 5,25389 (27,43%); e o consórcio Integrasul, de construtoras médias, com R$ 5,27 (27,20%).

A RIS tem 473,4 quilômetros e corta o Rio Grande do Sul - de Carazinho a Torres - em mais de 30 municípios. Parte da RIS, aproximadamente 120 quilômetros, é a relicitação de trecho explorado por 21 anos pela Triunfo Participações e Investimentos (TPI), cuja concessão terminou em julho. As obrigações de investimento são de R$ 7,8 bilhões, sendo 30% até 2022.

Para fazer frente aos investimentos na concessão, a CCR terá de integralizar aproximadamente R$ 1 bilhão a mais de capital devido ao deságio dado sobre o pedágio. A empresa cobrará R$ 4,30 em cada uma das sete praças de pedágio.

Pelo edital, a cada ponto percentual de desconto acima de 10% da tarifa-teto, de R$ 7,24, a empresa tem de fazer um aporte adicional. Ao se considerar os quase R$ 300 milhões de integralização obrigatória prevista no edital, o aporte da CCR somará R$ 1,3 bilhão, disse José Braz, presidente da Lam Vias, concessionária de rodovias da CCR que administra as concessões de rodovias federais fora do Estado de São Paulo.

"Esse R$ 1,3 bilhão fará frente aos investimentos iniciais da concessão. A partir do momento que houver necessidade de mais recursos, vamos ao mercado. Isso deve ocorrer a partir de 2023", afirmou, após abertura das propostas e a CCR se consagrar vencedora.

A empresa está com nível de alavancagem - medida pela relação entre dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) - confortável, em 2,6 vezes. A premissa da empresa é que se alavancar até o limite de 3,5 vezes.

O grupo CCR é controlado em partes iguais, de quase 15% cada um, pela Mover Participações (Camargo Corrêa), Andrade Gutierrez e Soares Penido. O restante das ações está no mercado. 

A concessão da RIS demandará investimentos de R$ 7,8 bilhões, além de outros R$ 5,6 bilhões para manutenção e conservação ao longo dos 30 anos da concessão. Esse foi o primeiro e único leilão de rodovia realizado no governo de Michel Temer.

O leilão atrasou em mais de meia hora à espera da chegada do ministro Minas e Energia, Moreira Franco (MDB).

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FONTE Valor Economico