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Braskem avalia nova logistica apos tabela dos fretes

Com o tabelamento dos fretes rodoviários no país, a Braskem, maior fabricante de resinas termoplásticas das Américas, vai avaliar alternativas de transporte e logística, já que o preço mínimo tem impacto na estrutura de custos. "Neste momento, a decisão foi absorver o custo", afirmou o presidente da petroquímica, Fernando Musa.

O executivo citou como exemplo ampliar o uso de cabotagem, que passa a ser viável em determinadas rotas após o tabelamento. A companhia poderia analisar a compra de um ativo de logística se essa alternativa se mostrar vantajosa. "Todas as possibilidades estão sendo estudadas", disse Musa, ponderando as empresas estão fazendo essa avaliação e há risco de surgimento de novos gargalos caso todos adotem a mesma alternativa.

A tabela do frete foi uma das conquistas dos caminhoneiros após a paralisação em maio. A greve levou à parada completa da central petroquímica do polo do ABC, em São Paulo, durante alguns dias, e reduziu a taxa de operação no país, que ficou em 90% - queda de 3 pontos percentuais na comparação anual. Outras centrais tiveram redução da carga de operação, de até 50%.

Com isso, houve redução na disponibilidade de produtos e queda nas vendas no trimestre. O maior impacto foi sentido nas exportações a partir do Brasil, já que a companhia privilegiou as entregas a clientes nacionais.

Após a greve, a Braskem revisou a expectativa para a demanda doméstica de resinas em 2018. No início do ano, ela trabalhava com projeção de alta de 4% e, agora, espera expansão entre 3% e 4%. "Ainda é uma expectativa saudável, mas é preciso esperar agosto e setembro se desenrolarem para que ela se confirme", afirmou Musa.

No mercado internacional, Musa comentou que a Europa segue exibindo uma "boa trajetória" de demanda e a economia no México, apesar do processo eleitoral, está bem. No país, a demanda por polietileno deve crescer 2%. No trimestre, as vendas da resina no mercado mexicano totalizaram 135 mil toneladas, alta de 4% na comparação anual e com participação de 68% nas vendas totais.

Conforme Musa, não há, neste momento, discussão com o conselho de administração acerca de novo pagamento de dividendos. Em maio, a petroquímica pagou R$ 1,5 bilhão e, em julho, aprovou uma nova política de distribuição de proventos. A política, explicou Musa, define procedimentos e conceitos que já vinham sendo praticados e estabelece que a decisão de pagamento terá de levar em conta a previsão de investimentos, plano de negócios e fluxo de caixa em três anos. Além disso, terá de observar o teto de 2,5 vezes para a alavancagem em dólar, no ano e nos dois exercícios seguintes. (Stella Fontes com colaboração de Camila Maia)

FONTE: Valor Economico