Avon testa entregas da web em duas horas
A Avon anunciou ontem uma parceria com a colombiana Rappi, de serviço digital de entrega sob demanda, para fazer a entrega de produtos a consumidores no prazo de 2 horas.
O serviço começa a ser testado inicialmente na cidade de São Paulo, no Brasil, e em Medellín, na Colômbia.
Os consumidores poderão fazer pedidos on-line com opção de recebimento em 2 horas. Os representantes da Avon poderão contratar a Rappi para fazer a entrega dos itens adquiridos. No projeto-piloto, em torno de 100 produtos ficarão disponíveis para entrega em até 2 horas.
A Avon informou que espera expandir o serviço para outras cidades do Brasil e para as principais cidades da Argentina, do Chile e do México durante o primeiro semestre do ano.
A Rappi foi escolhida, segundo a Avon, porque a companhia possui mais de 1 milhão de clientes no mercado brasileiro, que é atualmente o maior mercado consumidor para a fabricante.
A adoção do serviço de entrega da Rappi faz parte dos esforços da companhia para acelerar o seu processo de transformação digital, aproveitando a rápida expansão do comércio eletrônico de cosméticos no Brasil e em outros países.
Em nota, Jan Zijderveld, presidente-executivo da Avon, disse: "O anúncio de hoje [ontem] é um passo importante em nossos esforços para abrir a Avon a novas parcerias estratégicas para melhor atender nossos clientes, apoiar nossos representantes e expandir nossos negócios. Esperamos aumentar essa entrega para atender às expectativas atuais e futuras de nossos Representantes e seus clientes".
A Avon obteve no terceiro trimestre de 2018 lucro líquido de US$ 114,5 milhões, com aumento de nove vezes em relação aos US$ 12,5 milhões registrados no mesmo intervalo de 2017. O resultado foi favorecido por um ganho fiscal de US$ 195 milhões após conseguir uma vitória na disputa relacionada a IPI no Brasil. A receita total da companhia ficou estável em US$ 1,4 bilhão. No Brasil, a receita recuou 11%, para US$ 1,3 bilhão. Excluindo o impacto da variação cambial, houve queda de 1%. Já as vendas feitas por revendedoras caíram 5% no mesmo intervalo.
FONTE Valor Economico