Abiquim apoia protecionismo de Trump
SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) defende a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de instituir novas medidas protecionistas e a adoção, pelo governo brasileiro, de ações semelhantes com o objetivo de criar empregos no país.
Em nota assinada pelo presidente-executivo Fernando Figueiredo, intitulada “Os EUA não têm medo, nem vergonha, de proteger sua indústria contra importações ilegais”, a Abiquim afirma que o Brasil é um dos únicos países no mundo a não defender sua indústria.
“Antes que economistas teóricos de sempre queiram acusar o presidente Donald Trump de ser o grande satã do protecionismo, é necessário restabelecer a verdade: EUA, Europa e China sempre defenderam sua indústria”, afirma a entidade.
Nos Estados Unidos, segue a nota, a proibição à exportação de petróleo e gás desenvolveu a indústria petroquímica local e, hoje, são 355 processos antidumping em vigor no país. Na Europa, o sistema de registro de produtos químicos Reach não proíbe a entrada de produtos na região, mas impediu o acesso de pequenas e médias empresas ao mercado europeu. A China, acrescenta a Abiquim, perdeu a corrida tecnológica dos catalisadores automobilísticos e acabou proibindo a exportação de terras raras, sua principal matéria-prima.
“Temos assistido no nosso país a luta indômita de muitos setores industriais para combater a importações criminosas e depois de um longo processo de comprovação técnica segundo as regras da OMC, o governo sob o argumento surrealista de combate à inflação, suspende a imposição dos direitos antidumping. Não importa se esta decisão insana corta empregos no Brasil e transfere empregos bem remunerados para o exterior”, diz a nota.
Na avaliação da Abiquim, as iniciativas de Trump têm um objetivo claro, que é o de criar mais empregos, e justo. “A verdade é que, ao contrário desses pseudoeconomistas e pseudoconhecedores do mercado internacional, o presidente Trump está decididamente empenhado em gerar emprego e renda para seu povo e riqueza para seu país, por isso, combate com rigor as práticas desleais no mercado internacional”, acrescenta.