Abiove eleva estimativa para as exportacoes brasileiras de soja
SÃO PAULO - A forte demanda da China pela soja produzida no Brasil levou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a novamente elevar sua estimativa para os embarques do grão em 2018.
Segundo projeções divulgadas hoje, a entidade passou a calcular essas exportações em 73,5 milhões de toneladas, 1,4 milhão a mais que o previsto no fim de maio e volume, recorde, quase 8% superior ao registrado em 2017.
Em decorrência da disputa comercial que trava com os Estados Unidos, a China elevou ainda mais as compras de soja no Brasil, que já era a origem principal de suas compras - daí o ajuste promovido pela associação das indústrias.
Esse maior patamar de exportações fez com que a Abiove reduzisse de 5 milhões para 3,9 milhões sua estimativa para os estoques finais do grão no país na safra 2017/18, cuja colheita já terminou — em 2016/17, foram 5,3 milhões.
E essa redução poderia ter sido ainda maior, não fosse um leve ajuste para cima na projeção da Abiove para a produção nacional de soja em 2017/18 — de 300 mil toneladas, para 118,7 milhões, ante 113,8 milhões em 2016/17.
Com a correção efetuada no volume de exportações, a Abiove passou a prever a receita com os embarques em 2018 em US$ 30,135 bilhões, um novo recorde 17,2% superior ao valor obtido no ano passado.
Somando-se farelo e óleo, a Abiove passou a estimar a receita de todo o “complexo soja” (grão, farelo e óleo) em US$ 37,5 bilhões neste ano, 18,3% mais que em 2017 e também um novo recorde histórico.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), o “complexo soja” lidera as exportações brasileiras do agronegócio.
FONTE Valor